La Samaritaine a nova e magnífica loja de departamentos de luxo da rua Rivoli finalmente reabriu suas portas após 16 anos de trabalho. A promessa é de que seja um dos lugares mais frequentados por locais e viajantes nos próximos anos.
Mas e a comida? Quem são os chefs e maisons selecionados a dedo, responsáveis pela excelência gastronômica deste novo ícone de bom gosto e luxo da capital francesa? O Gastronomos te revela agora.
Certamente você vai adorar passear, descobrir sua majestosa escadaria e conhecer suas deliciosas opções gourmets. La Samaritaine é sem dúvida um dos endereços cuja reabertura é particularmente esperada.
Fechada para uma gigantesca reforma que compreendia toda a sua estrutura desde 2005, a loja deveria reabrir em 2020. No entanto, a crise sanitária a levou a abrir suas portas somente em junho de 2021.
La Samaritaine Paris Pont-Neuf, como é chamada oficialmente, conta com mais de 70.000 m², 280 funcionários e doze espaços gourmets. Com um objetivo claro, os restaurantes, bares e lojas gourmets não estão lá somente para compor os números do negócio: “Embora as margens geradas sejam obviamente menores do que com a moda ou as jóias, queríamos oferecer uma experiência completa e original, destinada a um amplo público, a qualquer hora do dia, a fim de torná-la um destino gastronômico para a vida cotidiana, bem como para eventos excepcionais”, explica Éléonore de Boysson, Presidente da DFS na Europa, empresa responsável pelo conceito e administração da La Samaritaine.
Para atrair os moradores do bairro, e mais amplamente, os parisienses e turistas, Éléonore de Boysson e seu consultor Frédéric Loeb passaram nove anos trabalhando em conceitos complementares, que falassem tanto com uma clientela mais chique e tradicional quanto com os millennials.
Todo o 5º andar é dedicado à gastronomia e lá se encontra o maior restaurante da loja: o Voyage Samaritaine. Seu menu é assinado atualmente pelo chef 2 estrelas Michelin, Matthieu Viannay, mas a ideia é que um novo chef residente assuma o restaurante a cada temporada.
No andar térreo se encontra o Ernest, um conceito novo de restaurante que mescla brasserie e boulangerie. No Ernest quem comanda as panelas é a chef 1 estrela Michelin Naoëlle d’Hainaut, e quem assume o controle dos pães e viennoiseries é o onipresente Eric Kayser. Com um forno no subsolo da loja, a padaria conceito abrirá todos os dias às 7 horas da manhã e terá a função servir clientes, funcionários e hóspedes. Sim, claro, dentro do La Samaritaine também há um hotel de luxo, o Cheval Blanc Paris, com 72 quartos com vista para o Senna e a Torre Eiffel.
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Para chefiar o restaurante do Cheval Blanc, o grupo Louis Vuitton conta com Arnaud Donckele, chef 3 estrelas Michelin, considerado um dos maiores nomes de sua geração. Donckele acumulará a chefia das cozinhas do Cheval Blanc de Paris e do Cheval Blanc de Saint Tropez. Maxime Frédéric, jovem chef pâtisserie em plena ascensão, que trocou a cozinha do Georges V para se instalar na Rue Rivoli, fará dupla com ele.
A tradicional casa de caviar Prunier, também criou um novo conceito para sua presença no La Samaritaine: o Street Caviar, com sanduíches feitos com baguette, a ideia é transformar o caviar em algo acessível a todos.
No andar térreo, os clientes podem desfrutar de um ótimo café no quiosque de zinco da Brûlerie des Gobelins em meio a uma decoração dos anos 50, ou de um shot de gengibre recém espremido no bar Source by Joie, que oferece uma seleção saborosa de quitutes veganos.
Os fãs de doces podem se deliciar com as novas criações da Maison Dalloyau elaboradas especialmente para inauguração da loja, ou no Sweet Corner, assinado pela Bogato, onde as equipes criativas da chef Anaïs Olmer irão personalizar biscoitos e bolos ao gosto de todos, com foco principalmente nas crianças.
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La Samaritaine – Um pouco de história
A história da La Samaritaine começa em 1870 com Ernest Cognacq. Este vendedor montou sua pequena loja de novidades em uma sala próxima a um café. Rapidamente, o sucesso chega e a loja se expande. Em 1900, Ernest Cognacq reina sobre as lojas de departamento que ocupam vários quarteirões. La Samaritaine se desenvolve e evolui sob a direção de seus sucessivos proprietários e atinge sua era dourada nos anos 60.
Depois de 1970, o sucesso comercial da loja decaiu e sua superfície foi gradualmente reduzida, as lojas vendidas a empresas e transformadas em escritórios, até que em 2001 o grupo LVMH comprou a La Samaritaine.
Quatro anos mais tarde, a loja foi fechada para adequação às normas de segurança. Este fechamento deveria ter sido temporário, mas a loja não reabriu desde então. Originalmente, o trabalho deveria durar apenas até 2015 e os anúncios de reabertura se multiplicaram citando 2018 e depois 2019. E embora seja a menor das lojas de departamento parisienses, a La Samaritaine se tornou um projeto faraônico.
A nova La Samaritaine, pensada para ser um lugar para se viver
Numa época em que os templos de compras tendem a se tornar verdadeiros espaços de convivência, La Samaritaine não é exceção e está levando este conceito ainda mais longe. Além da loja de departamentos, o complexo inclui 96 unidades de habitação social confiadas à prefeitura de Paris, uma creche para 80 crianças e 15.000 m² de escritórios.
Um projeto eco-responsável
O espaço de mais de 70.000 m², dividido em 10 andares, traz uma abordagem ambiental inovadora: La Samaritaine utiliza energia renovável e é climatizada utilizando energia geotérmica profunda com técnica de armazenamento de gelo.
Novos empregos
Mais de 800 novos empregos foram criados com a reabertura da La Samaritaine até agora e a previsão é que se chegue a um total de 2.400 contratados. Todas as posições foram oferecidas prioritariamente aos funcionários que estiveram presentes na loja até 2005.
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